terça-feira, 27 de setembro de 2011

Contos Curtos...

 A tarefa desta semana é: escolher um conto curto e falar sobre o que senti lendo ele.


AULA DE MATEMÁTICA

20/04/2010 Quando era criança, pouco mais de 10 anos, tinha feito um desenho no caderno de matemática. Não era um desenho qualquer. Tinha desenhado o diabo, mas não era isso que tornava o desenho especial. Quando era criança, ele sabia disso, mas com o tempo esqueceu.
Não lembrava mais do tempo que passou desenhando, de como tinha se esforçado e em como o diabo olhava para fora do papel. Na sua inocência, colocou esforço demais no trabalho, mas porque era inocente, percebeu a tempo. Sabia que o desenho era especial.
A noite, no seu quarto, ele podia sentir o desenho, mesmo estando na página final do seu caderno, dentro da mochila. Ele sentia que tinha feito alguma coisa errada e como toda criança não contou para ninguém. Mas não sabia o que fazer com ele.
O garoto sabia outras coisas. Sabia que o desenho não gostava de ficar fechado dentro do caderno. Que o desenho não gostou de ser desenhado. E sabia que o desenho era especial, mas não de um jeito bom. Tentava deixar a página aberta do caderno, escondendo quando passava algum colega de sala ou professor.
Ele sabia que o desenho do diabo no caderno de um garoto de 10 anos não era algo que outras pessoas achariam normal. Ao mesmo tempo, ele não ousava irritar o desenho. Porque sabia sem saber que apesar de estar preso no papel, ele não ficaria preso para sempre. Por todo o resto do ano, o diabo se tornou a sua cruz e, todos os dias, o garoto se arrependia de ter desenhado. Todas as noites, se arrependia de seus pecados.
O ano passou e o garoto esqueceu. O caderno foi esquecido em um armário junto com outras lembranças da infância. Durante anos, o desenho ficou lá, preso dentro do caderno, em baixo de brinquedos e material escolar. Vinte anos sufocado e esquecido.
Hoje, arrumando o armário, ele encontrou o caderno. Com saudosismo, passou as páginas. Viu o desenho mas não se lembrou do que sabia. Esqueceu que o desenho não gostava de ficar preso dentro do caderno e esqueceu também o caderno, aberto em cima da mesa, antes de dormir.
Acordou, de repente, às 3 da manhã e se lembrou de tudo. Levantou e foi correndo até a sala para fechar o caderno. Mas o desenho não estava lá.

O texto foi retirado do site contoscurtos.wordpress.com escrito por Adriano Docconi.

Meu comentário sobre o que senti lendo esse conto:

 Primeiro achei que se tratava de um assunto que aconteceu na aula de matemática, mas quando soube o que era o desenho, comecei a imaginar que alguém descobriria ele e ficaria bravo com o menino, ou que o menino poria o  caderno ou o desenho fora se sentindo livre deste sentimento.
 Aí, mostrou que ele tinha ficado mais velho e com o caderno preso em um armário então pensei que ele se livraria do caderno ou simplesmente não se importaria mais com isso pois era coisa de criança.
 Mas ele finalmente se lembrou do que era o desenho de verdade e foi correndo fechar o caderno eu senti... Não um medo mas um desespero que deveria ser o que o homem sentiu na hora que viu a página do caderno.
 E também me deu vontade de saber o que aconteceria: Se o desenho ainda estava na casa ou se ele ia embora provocar mais medo nas pessoas.

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